MEDICALIZAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA: ENTRE A NEGLIGÊNCIA PARIENTAL E A ESQUIVA DAS ESCOLAS
Resumo
A medicalização da adolescência é um processo histórico-cultural, baseado em uma norma social de como o adolescente deve se comportar, quando o jovem age de uma forma não esperada, acaba, muitas vezes, transformando esses comportamentos “não comuns” em patológicos. O presente artigo tem por objetivo, investigar os conceitos relacionados à adolescência; qual a sua relação com a medicalização, além do papel da família e da escola no processo de medicalização dos adolescentes. Neste artigo utiliza-se o termo medicalização da adolescência para designar os processos estigmatizantes relacionados aos comportamentos que não seguem a norma social. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, para com autores, que tratam sobre o tema. Espera-se que os resultados obtidos formem a percepção a respeito do papel fundamental entre escola e família, nesta construção do estigma relacionado ao adolescente, ocasionando em um processo de medicalização dos comportamentos, de forma a trabalhar em um processo de ressignificação do olhar para com o adolescente. Salienta-se ainda a influência da norma social em relação ao ditar o que é normal e o que não é, as fantasias dos pais para com os filhos em relação as perspectivas de como agir, a desconsideração ou a negatividade do período de adolescência, junto com ele a não interpretação correta dos comportamentos que, com certa frequência, são condizentes com a situação ou momento que o jovem está passando, seja ela social, psicológica ou física.