A DOIDA DO CANDAL
DA OPÇÃO PELA INFELICIDADE À FELICIDADE DA OPÇÃO
Resumo
Analisamos a novela passional A doida do Candal, do escritor português Camilo Castelo Branco, para rastrear nela as contradições típicas do Romantismo camiliano que levam as personagens centrais às situações de felicidade ou infelicidade no
desenvolvimento do enredo. Constatamos que a dimensão trágica está presente, sobretudo, nas personagens femininas classificadas como “mártires do amor”, quais sejam: Maria de Nazaré, Margarida das Dores e Lúcia Peixoto. Na análise,
verificamos que, no desfecho, há uma concessão aos padrões românticos, pois o casal Álvaro e Júlia, rodeados de filhos e netos, são um exemplo de felicidade.