UMA REALIDADE ANTAGÔNICA: A MÍDIA COMO PROTETORA E INFLUENCIADORA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Resumo
Com o advento dos movimentos feministas e a maior autonomia da mulher nas relações de trabalho, a conscientização de proteção às mulheres tem sido mais difundida e defendida nos mais diversos meios de comunicação, através de várias propagandas que veiculam a violência contra a mulher de modo a combatê-la. Contudo, paralelamente a essa vertente positiva de reduto feminino, cresce de forma implícita e, às vezes até imperceptível, veiculações midiáticas de incentivo à violência, ao desrespeito e “objetificação” da mulher. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é analisar publicidades em ambas as vertentes, através de uma pesquisa bibliográfica para interpretar os sutis detalhes que dão força a uma publicidade, além de despertar a sociedade, sobretudo as mulheres, para valores invertidos que potencializam os maus-tratos em face do gênero feminino.Referências
BALONAS, Sara Teixeira Rego de Oliveira. A Publicidade a Favor das Causas Sociais: evolução, caracterização e variantes do fenómeno em Portugal. 2006. 109f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação/especialização em Comunicação, Cidadania e Educação). Portugal. 2006. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/7773/1/tese%2520causas%2520sociais.pdf >. Acesso em: 5 maio 2018.
BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 2010.
BLOGDAMARCO. Superinteressante traz polêmica na capa de julho. 2015. Disponível em: <https://blogdamarco.wordpress.com/2015/07/03/superinteressante-traz-polemica-na-capa-de-julho/>. Acesso em: 1 maio 2018.
BRASIL. Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF, 7 dez. 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm>. Acesso em: 5 maio 2018.
______. Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília, DF, 7 ago. 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em: 10 mar. 2017.
COSTA, Leonor Matos. Fatores de sucesso na publicidade contra a violência doméstica. 2011. 174 f. Dissertação (Mestrado em Publicidade e Marketing) - Escola superior de comunicação social - Instituto Politécnico de Lisboa, Lisboa, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10400.21/202>. Acesso em: 15 jul. 2017.
DOURADOS AGORA. Brasil lança campanha “Noiva!” de combate à violência contra a mulher. 2013. Disponível em: <https://www.douradosagora.com.br/brasil-mundo/brasil-lanca-campanha-noiva-de-combate-a-violencia-contra-mulher>. Acesso em: 5 maio 2018.
FATOS CURIOSOS. 6 propagandas de cerveja que causaram a maior confusão. 2015. Disponível em: <https://www.fatosdesconhecidos.com.br/6-propagandas-de-cerveja-que-causaram-maior-confusao/>. Acesso em: 19 jan.2018.
FERNANDES, Antonio Scarance; MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Estupro: enfoque vitimológico. 1991. Biblioteca Digital Jurídica-STJ. Disponível em: <https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/23376>. Acesso em: 20 nov. 2017.
HIRIGOYEN, Marie-France. A violência no casal: da coação psicológica à agressão física. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
MATHIAS, Germano. Minha nega na janela. 1979. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=c2VeUDJCsEA>. Acesso em: 3 maio 2018.
MARTÍN, Aureliano Sainz. Mirame: Teoria y Practica de los Mensajes Publicitarios. Espanha: Eneida, 2002.
PORTAL BRASIL. Ligue 180 registra mais de 555 mil atendimentos este ano. 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/08/ligue-180-registra-mais-de-555-mil-atendimentos-este-ano>. Acesso em: 21 fev. 2017.
PORTUGAL, Mirela. 10 anúncios acusados de promover a violência contra a mulher. Exame, 26 maio 2013. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/15-anuncios-acusados-de-promover-a-violencia-contra-a-mulher/>. Acesso em: 19 jan. 2018.
PROPMARK. Desfile marca dia internacional da não-violência contra a mulher. 2016. Disponível em: <http://propmark.com.br/anunciantes/desfile-marca-dia-internacional-da-nao-violencia-contra-a-mulher>. Acesso em: 6 mar. 2018.
SIMEÃO, João Israel. Baile de favela. 2016. Disponível em: <https://www.google.com/search?q=Baile+de+favela&ie=utf-8&oe=utf-8&client=firefox-b-ab>. Acesso em: 3 maio 2018.
QUASE PUBLICITÁRIOS. Anúncios da Skol. 2010. Disponível em: < https://quasepublicitarios.wordpress.com/2010/06/23/anuncios-da-skol/. Acesso em: 19 jan. 2018.
VASCONCELOS, Fábio. Denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher crescem 133%. O Globo, 7 mar. 2017. Disponível em: < https://blogs.oglobo.globo.com/na-base-dos-dados/post/denuncias-de-violencia-domestica-e-familiar-contra-mulher-crescem-133.html >. Acesso em: 6 mar. 2018.
VEJAFOLHA. Mulheres frequentem bares igual a homem. 2012. Disponível em: <http://vejafolha.com.br/cidades/mulheres-frequentam-bares-igual-os-homens/>. Acesso em: 19 jan. 2018.
VENTURI, Gustavo; RECAMÁN, Marisol; OLIVEIRA, Suely de. A mulher brasileira nos espaços públicos e privados. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011.
VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: OBJETIVA, 2009.
WEIGSDING, Jéssica Adriane; BARBOSA, Carmem Patrícia. A Influência da música no comportamento humano. Arquivos do MUDI, Maringá, v. 18, n. 2, p. 47-62, nov. 2014. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/25137>. Acesso em: 15 abr. 2018.