A CONSTRUÇÃO DA COERÊNCIA EM PRODUÇÕES TEXTUAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autores

  • Davi Pereira Gomes Universidade Federal do Tocantins
  • João de Deus Leite Universidade Federal do Tocantins

Resumo

Este trabalho aborda o modo como alguns alunos do ensino fundamental constroem a questão da coerência textual em suas produções de texto. A coerência, no âmbito dos estudos da Linguística Textual, é considerada como um fator de textualidade. Nesse campo, o conceito de coerência passou por diferentes definições, tendo em vista o escopo de cada fase da Linguística Textual. Interessa-nos, neste trabalho, pensar a coerência como princípio de interpretabilidade de texto, na vertente proposta por Kock e Travaglia (2001) e por Charolles (1978). Assim, objetivamos analisar e problematizar o modo como os alunos produzem a coerência de seu texto, quando a ele é demandado escrever em sala de aula. De posse das produções de textos, vamos particularizar para análise os seguintes elementos que constituem o fator de coerência textual: (1) Repetição (2) Progressão (3) Não contradição (4) Relação. Considerando esses elementos, mostraremos que a coerência responde pelo efeito de sentido de um texto, e que o aluno deve respeitá-los. A ancoragem teórica dar-se-á em autores como: Koch e Travaglia (2001), Marcuschi (1983), Michel Charolles (1978). O método de análise é constituído pelo movimento de pensar a produção textual, como um objeto simbólico que é fruto das demandas escolares. A escrita de que tratamos é a escolar.

Biografia do Autor

Davi Pereira Gomes, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Letas: Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade Federal do Tocantins e professor da educação básica de ensino de Tocantins.

João de Deus Leite, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Estudos Linguísticos (UFU). Docente na Universidade Federal de Tocantins, onde atua tanto na Graduação quanto no programa de pós-graduação em letras (PPGL) e no Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS, Rede Nacional)

Referências

BAKHTIN, M, VOLOCHINOV, V, N. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Editora Hucitec, 2006.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Bastos (Org.) Língua Portuguesa, História, Perspectivas, Ensino. São Paulo, EDUC, PUCSP. 1998, pp. 101-119.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental: Brasília, 1997.

BUARQUE, Regina Lucia. Reescrita de textos na escola: efeitos da interferência de uma professora em processos de produção textual. Revista eletrônica de educação de Alagoas. Volume 01. Nº 01.2013.

COSTA VAL, Maria das Graças. Redação e textualidade. 3ª. ed. São Paulo:Martins Pontes,2006.

GERALDI, João Wanderley. Ler e escrever – uma mera exigência escolar?. V Fala outra Escola. Gepec. São Paulo, 2010.

GALVES, Charlotte; Eni P.Orlandi, Paulo Otoni. O texto: leitura e escrita. 3ª edição revisada. Campinas, São Paulo: Pontes, 2002.

KOCH, Ingedore Grunfield Villaça; Luiz Carlos Travaglia. A coerência textual. 12. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

KOCH, Ingedore Grunfield Villaça.O texto e a construção dos sentidos. 9. Ed., 2ª impressão. São Paulo: Contexto, 2009.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: Reflexão e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola Editorial,2006.

MUSSALIN, Fernanda; Anna Christina, BENTES. Introdução à linguística: Domínios e Fronteiras. Volumes 1 e 2. São Paulo: Cortez , 2001.

Downloads

Publicado

2020-07-21

Edição

Seção

ARTIGOS